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Doutoranda em política social, na UnB, Janaína Costa, 32, pesquisa como o trabalho doméstico está inserido na formação sócio-histórica do Brasil, na qual é considerado um serviço essencial, mas, segundo ela, precarizado, mesmo após a regulamentação da legislação trabalhista de 2015. A motivação acadêmica partiu das próprias experiências. 

Natural do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, Janaína é a caçula de 12 filhos. Assim como a mãe, ela e as seis irmãs vivenciaram o trabalho doméstico. Dos 13 aos 29 anos, a jovem foi babá, faxineira e cuidadora de idosos. "Nos meus primeiros serviços, diziam que o trabalho seria apenas cuidar de uma criança, mas no dia a dia, sempre pediam para lavar louças ou ar um pano no banheiro. O 'salário' era simbólico: R$ 80 por mês", conta. 

Mais tarde, em São Paulo, cuidou dos filhos da irmã, que era doméstica em outros lares. Em 2017, ou por uma experiência que redefiniu seus rumos. "Trabalhei em uma casa, onde eu não podia comer a mesma comida que os patrões, sentar na mesma mesa ou sequer usar o mesmo papel higiênico", desabafa. As situações humilhantes a fizeram criar a página Ela é só a babá, na qual compartilhava relatos de assédio moral. 

Ao tornar-se historiadora — a primeira da família com ensino superior — Janaína recebeu uma proposta de emprego em Bogotá, na Colômbia, para cuidar de crianças e se dedicar a um curso de mestrado. Com o apoio da empregadora, que a incentivava em seu crescimento acadêmico, ela conseguiu, mais tarde, dedicar-se integralmente à sua pesquisa, entrando no doutorado da UnB e mudando-se para Brasília.  

Sobre a PEC das domésticas, a doutoranda faz ponderações: "Muitas pessoas ainda não enxergam o trabalho doméstico como profissão, mas, sim, como um favor ou um serviço de segunda categoria. Então, esse reconhecimento é um marco. Ao mesmo tempo, isso não põe fim a todos os problemas enfrentados por essa classe. Nesses 10 anos, é preciso refletir como, na prática, a trabalhadora doméstica está vivenciando isso", declara.

Entre as reflexões, Janaína cita a subnotificação das trabalhadoras que vivem na informalidade, visto que "a PEC excluiu as diaristas". "Além disso, muitos empregadores dizem para essas mulheres que, caso sejam fichadas, receberão menos, devido aos encargos trabalhistas, então, muitas optam pelo não registro por falta de informação".

Avaliar o trabalho doméstico desconsiderando questões como a escravização negra e depreciação da figura feminina é, para ela, impossível. "Precisamos problematizar como essas mulheres são vistas fora daquela dinâmica do trabalho doméstico. Muitas vezes, não são vistas", avalia.

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