
As expectativas e as especulações sobre o conclave foram tema do CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília. Às jornalistas Denise Rothenburg e Sibele Negromonte , o Padre Rafael Souza dos Santos, vigário episcopal da Arquidiocese de Brasília e reitor do santuário de Nossa Senhora da Saúde, comentou sobre a variedade étnica de cardeais no eleitorado e sobre as congregações gerais, período em que os participantes do conclave se conhecem.
Padre Rafael Souza dos Santos explica que, quando se fala em favoritos para o papado, trata-se mais das preferências pessoais dos fieis. “Brasileiros querem um papa brasileiro, italianos preferem um italiano, e assim por diante”, afirma Souza.
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Segundo ele, essas especulações vêm de conversas nas paróquias e nas ruas, não de dentro do Colégio Cardinalício. “As congregações gerais, que antecedem o conclave, são justamente para que os cardeais compartilhem a realidade da igreja e identifiquem, juntos, qual perfil é necessário para o novo papa”, acrescenta.
O reitor do santuário de Nossa Senhora da Saúde afirma que 80% dos cardeais eleitores foram nomeados por Francisco, muitos vindos de regiões pouco tradicionais. Para o vigário, o número mostra o esforço do papa em tornar a igreja mais representativa e próxima dos diversos povos. “Esses cardeais, em sua maioria, estão se conhecendo agora, pois atuam em contextos muito diferentes e distantes. Não há como apontar favoritos entre eles, pois a escolha é feita dentro de um processo guiado pela escuta, oração e discernimento”, explica.
De acordo com Souza, a eleição de um papa não funciona como um jogo político ou o roteiro de um filme. "A igreja acredita firmemente que essa escolha é conduzida pelo Espírito Santo e é essa fé que sustentou a instituição ao longo de 2 mil anos, mesmo enfrentando períodos em que papas não deram bom exemplo”, completa.
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*Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho
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