
Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) relataram resultados promissores em pesquisas usando células-tronco de suínos como alternativa para o tratamento de pacientes acometidos por síndromes respiratórias agudas graves. A expectativa da pesquisa é reduzir o tempo da internação e a taxa de mortalidade de quadros graves, como a de covid-19, contribuindo com novas alternativas terapêuticas.
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Apesar de ainda estar em fase inicial, sem ser testado em humanos, a pesquisa está em estágio avançado, é o que afirma a coordenadora do projeto, a professora Patrícia Furtado Malard. “Já observamos resultados promissores em termos de segurança, resposta inflamatória e parâmetros clínicos, o que fortalece a base científica para a próxima fase, que é o protocolo clínico em humanos”, observa.
Patrícia ainda lembra que foi preciso alguns ajustes ao longo da execução do projeto. “A principal mudança foi a readequação do calendário de atividades, em função da complexidade do projeto em relação à aprovação pelo comitê de ética, dos atrasos na entrega de insumos importados e da necessidade de ajustes técnicos nos protocolos de indução da síndrome respiratória aguda em suínos”, completa.
O projeto também prevê a contribuição para a comunidade acadêmica, envolvendo ativamente alunos de graduação, pós-graduação e pesquisadores. Importantes discussões são fomentadas sobre protocolos regulatórios e bioética.
Integração
Realizada por uma equipe multidisciplinar, equipes de pesquisadores da UnB, Universidade Católica de Brasília e representantes da iniciativa privada compõe o projeto. Além disso, a equipe também abrange profissionais de áreas correlacionadas como: biotecnologia, medicina veterinária, medicina humana e bioengenharia. Patrícia explica a importância da integração de outros profissionais. “A participação conjunta de diferentes departamentos e instituições tem sido essencial para o sucesso técnico e científico do projeto”, completa.
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