
Durante a operação de desobstrução em um lote da Quadra 707 do Noroeste, três policiais militares ficaram feridos após confronto com indígenas que resistiam à retirada de uma estrutura no local. Um facão foi apreendido durante a ação, que ocorreu na manhã desta terça-feira (15/4), com cerca de 90 policiais, incluindo tropas especializadas, como o Batalhão de Choque.
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Segundo o major Diogo Aguiar, que comanda a operação, a Polícia Militar foi acionada para dar apoio à Terracap, responsável pela ação de desobstrução do terreno. “Fomos acionados para garantir a segurança dos funcionários que vieram realizar a operação. Havia um barraco dos indígenas montado, que eles chamavam de casa de reza, mas que, de acordo com as decisões judiciais apresentadas, não se enquadrava na área indígena reconhecida”, explicou Aguiar.
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O major relatou que, ao receberem a ordem para desocupar o local, um grupo de indígenas avançou para o confronto. A tropa de policiais tentou negociar, mas, sem sucesso, iniciou um avanço gradual. “Eles começaram a atirar madeiras, pedras, até arco e flecha. Em seguida, pedimos a intervenção do Batalhão de Choque, que fez a dispersão deles utilizando gás lacrimogêneo”, detalhou.
Durante os momentos de conflito, os ocupantes recuaram para uma área próxima que, segundo o major, é protegida por decisões judiciais e não foi alvo da operação. Mesmo assim, houve novos episódios de agressão. “Jogaram um facão contra os policiais, mas o objeto foi apreendido. Três policiais ficaram feridos e um escudo de proteção danificado”, informou o major, acrescentando que as lesões foram leves.
O autor da agressão com o facão foi identificado, mas não foi detido. A operação deve ser concluída ainda nesta terça-feira.