
Considerado, em nota da Secretaria de Saúde do DF, "um ícone da medicina" como educador e gestor, o Doutor Francisco Pinheiro Rocha morreu na noite deste sábado (29/3), aos 95 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês (sede da capital), depois de ter sofrido contusões por conta de um acidente doméstico, na última quarta-feira.
O velório foi marcado para 1º de abril, na Paróquia São Camilo de Lellis (303/4 Sul), e o Dr. Pinheiro será enterrado no cemitério Campo da Esperança, na ala dos pioneiros. Secretário de Saúde de Brasília, entre 1964 e 1967, Francisco Pinheiro foi homenageado pelo sindicato dos médicos com a publicação do livro de Gutemberg Fialho que leva o título Dr. Pinheiro, o médico de Brasília. Francisco Pinheiro veio para a capital, em 1960.
À frente da Secretaria de Saúde, o médico estabeleceu o Código de Saúde do DF e esteve ligado à criação de muitos hospitais do DF , entre os quais o Hospital de Base (à época da etapa final), o da L-2 Sul, do Gama e de Sobradinho. Além disso, foi presidente da Fundação Hospitalar do Distrito Federal, tendo respondido pelo nascimento do Hospital Universitário de Brasília.
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"Meu pai viabilizou o hospital para os alunos (em formação) e, como chefe de cirurgia do Hospital de Base, liderou todas as turmas, durante 30 anos, de residentes em cirurgia. São milhares de médicos formados por ele", conta Fábio Pinheiro, que conclui: "Papai foi médico, durante a vida inteira. Ele fez mais de 10 mil operações ao longo da carreira, e era indiferente, para ele, o paciente ser famoso ou indigente. Era dos médicos mais tradicionais, sempre preocupado em salvar vidas". Além dos outros filhos, o engenheiro Marcos e a advogada Beatriz, Dr. Pinheiro deixa quatro netos.