Os primeiros os de uma criança são um marco significativo, mas a idade em que esse evento ocorre pode ser influenciada por fatores genéticos. Um estudo recente analisou informações genéticas de mais de 70.000 bebês e identificou 11 marcadores genéticos que afetam o momento em que as crianças começam a andar. Esses achados foram publicados na revista Nature Human Behaviour e sugerem que a genética explica cerca de um quarto das diferenças no início da caminhada infantil.
De acordo com a pesquisa, a maioria dos bebês dá seus primeiros os entre os oito e 24 meses de idade, o que representa uma ampla janela para esse marco emocionante. Essa descoberta não apenas destaca a diversidade natural no desenvolvimento infantil, mas também oferece novas perspectivas para apoiar crianças com distúrbios motores e dificuldades de aprendizagem.
Como a genética influencia o desenvolvimento motor?
O estudo revelou que os genes que influenciam o início da caminhada são, em parte, os mesmos que afetam o desenvolvimento cerebral. Isso sugere uma ligação intrínseca entre o desenvolvimento motor e cognitivo. Além disso, a pesquisa indicou que o início tardio da caminhada, dentro da faixa típica, está geneticamente associado a uma menor probabilidade de desenvolver transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Essas descobertas são importantes para tranquilizar os pais que podem se preocupar com o fato de seus filhos começarem a andar mais cedo ou mais tarde do que o esperado. A genética desempenha um papel considerável, e um início tardio não é necessariamente um sinal de problemas.

Quais são as implicações para pais e profissionais de saúde?
Para os pais, entender que a genética pode influenciar o momento dos primeiros os pode aliviar preocupações desnecessárias. Embora seja sempre importante consultar um médico se houver preocupações sobre o desenvolvimento da criança, um início ligeiramente tardio na caminhada não deve ser motivo imediato de alarme.
Para os profissionais de saúde, esses achados podem ajudar a desenvolver estratégias mais eficazes para apoiar crianças com atrasos no desenvolvimento motor. Compreender os fatores genéticos subjacentes pode levar a intervenções mais personalizadas e eficazes.
Quais são os próximos os na pesquisa?
Os pesquisadores esperam que essas descobertas avancem o entendimento fundamental sobre as causas do desenvolvimento motor. Estudos futuros podem explorar como esses marcadores genéticos interagem com fatores ambientais para influenciar o desenvolvimento infantil. Além disso, há potencial para investigar como essas descobertas podem ser aplicadas no diagnóstico e tratamento de distúrbios motores e de aprendizagem.
Em suma, a pesquisa destaca a complexidade do desenvolvimento infantil e a importância de considerar tanto fatores genéticos quanto ambientais. Com o avanço do conhecimento nessa área, há esperança de melhorar o e e as intervenções para crianças em todo o espectro de desenvolvimento.