
A Câmara Municipal de Canarana, no Mato Grosso, extinguiu, em sessão extraordinária realizada nesta segunda-feira (9/6), o mandato do ex-vereador Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, conhecido como Dr. Thiago Bitencourt (PL). Preso acusado de pedofilia e abuso sexual de paciente, o então parlamentar, também médico, protocolou renúncia do cargo na última quarta-feira (4/6). O suplente dele, Milton Blass — Miltinho (PL) —, assume a vaga de forma definitiva.
Detido no último 31 de maio, o político do Partido Liberal foi alvo de operação da Polícia Civil do estado que apurava denúncias relacionadas a crimes sexuais contra crianças e adolescentes.
Bitencourt foi denunciado pelo pai de uma menina de dois anos, da qual haviam sido tiradas fotos em “poses sensuais” para envio ao vereador. Na casa dele, foram encontrados, de acordo com o g1, roupas infantis, imagens relacionadas a abuso e objetos sexuais. Outras vítimas, inclusive uma adolescente de 15 anos e uma paciente de 29, denunciaram abusos sofridos.
Assim que o caso tomou repercussão na mídia, o presidente do PL no Mato Grosso, Ananias Filho, suspendeu, de forma preventiva, a filiação do ex-parlamentar. No último 2 de junho, a Câmara Municipal da Canarana emitiu uma nota em que informou acompanhar “de perto os fatos” que envolviam o político.
“O Poder Legislativo repudia os supostos crimes atribuídos ao vereador, e aguarda o resultado da investigação, que corre sob sigilo”, diz o comunicado. Desde então, portanto, Bitencourt foi afastado dos trabalhos na Casa, da qual pediu renúncia no dia 4 e teve mandado extinto nesta segunda.
“Não vamos aceitar atitudes que manchem o nome desta Casa e ferem a dignidade do nosso povo”, afirmou o presidente da Câmara Municipal durante a sessão extraordinária que definiu a extinção do mandato, conforme nota publicada mais cedo. Com a decisão, Thiago Bitencourt fica inelegível por oito anos, contados a partir das próximas eleições municipais.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
O caso do ex-vereador também é apurado pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), que investiga a conduta profissional do médico a fim de definir a necessidade de abertura de processo ético.
Saiba Mais