JUSTIÇA

Homofobia: PM que matou morador de rua gay é condenado a 12 anos de prisão

Decisão foi publicada pela 1ª Vara do Júri de São Paulo. A defesa do policial militar Renato Tavares Rocha vai recorrer da condenação

O caso foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Para o MP, o assassinato de Sílvio ocorreu por motivação homofóbica. O crime ocorreu no dia 8 de janeiro de 2023. O militar estava de folga, e havia acabado de sair de uma festa, na Zona Sul de São Paulo -  (crédito: EBC)
O caso foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Para o MP, o assassinato de Sílvio ocorreu por motivação homofóbica. O crime ocorreu no dia 8 de janeiro de 2023. O militar estava de folga, e havia acabado de sair de uma festa, na Zona Sul de São Paulo - (crédito: EBC)

A justiça de São Paulo condenou a 12 anos de prisão o policial militar Renato Tavares Rocha, de 43 anos, por ter matado Silvio Ferreira Coelho, uma pessoa em situação de rua na capital paulista. De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), assassinato foi causado por homofobia. 

De acordo com informações do portal UOL, Silvio Coelho tinha 47 anos, era gay, e estava dançando próximo ao PM Rocha, quando o militar disparou um tiro na cabeça do cidadão. 

O caso foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Para o MP, o assassinato de Sílvio ocorreu por motivação homofóbica. O crime ocorreu no dia 8 de janeiro de 2023. O militar estava de folga, e havia acabado de sair de uma festa, na Zona Sul de São Paulo.

Rocha então parou para comer em uma lanchonete, quando se aproximou de Sílvio Coelho, que dançava e conversava com outras pessoas na calçada. O militar, então, sacou a arma e atirou na cabeça da vítima, que morreu pouco depois em um hospital da região. 

"A vítima caiu agonizando no chão, enquanto o denunciado se afastou alguns metros e, friamente, continuou comendo seu lanche, após o que
guardou a arma de fogo na perna", afirma a denúncia do MP-SP.

"É certo que o crime foi cometido por motivo torpe, pois o denunciado matou a vítima por se tratar de homossexual que estava dançando próximo a ele, o que o incomodou. Vil e repugnante, portanto, a motivação", continuou o MP.

A defesa de Renato Tavares Rocha recorreu da sentença.

O Correio aguarda respostas das assessorias de comunicação do MP-SP e da Secretaria de Segurança de São Paulo sobre o caso do PM condenado a 12 anos de prisão. 

Francisco Artur de Lima
postado em 21/02/2025 19:23 / atualizado em 22/02/2025 01:25
x