Cerca de 86% dos usuários de internet de 9 a 17 anos no Brasil possuem perfil em rede social, e os aplicativos mais usados por esses jovens são Instagram e TikTok. O resultado foi divulgado pela pesquisa TIC Kids Online Brasil, lançada nesta quarta-feira (3/5), pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
O estudo mostra que, entre as crianças de 9 a 12 anos, a quantidade de usuários no TikTok é superior à do Instagram, mesmo que as medidas da rede social sejam mais restritas para o público infantil. Segundo as leis de termos e uso do TikTok, menores de 13 anos podem ver vídeos mas não podem pesquisar ou comentar. Também não podem publicar os seus próprios vídeos ou ter seguidores, e os seus dados não são recolhidos.
Ainda segundo o levantamento, 41% das crianças de 13 e 14 anos utilizam o Instagram; a rede social determina que o usuário precisa ter no mínimo 13 anos. Já no Tiktok, utilizadores com idades entre 13 e 15 anos têm contas que são privadas por defeito — podem criar e partilhar vídeos, mas apenas amigos podem ver e comentar.
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O objetivo da pesquisa é entender como crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos usam a internet e como lidam com os riscos e as oportunidades decorrentes desse uso. Do total de usuários pesquisados, 96% am às redes sociais todos os dias ou quase todos os dias.
Enquanto isso, apenas 15% das crianças afirmaram que sempre ou quase sempre “deixam de usar a internet porque seus pais ou as pessoas que cuidam da criança ou adolescente o(a) impedem”. E 56% responderam nunca ou quase nunca à mesma pergunta.
O uso de dispositivos móveis como celular aumentou em 3% para esse público de 2021 para 2022, ando a ser o meio digital mais usado para ar à internet, 96%.
As atividades mais realizadas na internet pelas crianças ouvidas na pesquisa são: ouvir música on-line e assistir a vídeos, programas, filmes ou séries on-line. Além disso, 80% responderam já ter pesquisado na internet para fazer trabalhos escolares.
Sobre as atividades sociais realizadas on-line, 40% das crianças disseram que procuraram por novos amigos, 20% afirmaram já ter adicionado pessoas que nunca conheceram pessoalmente à lista de contatos ou amigos; 6% chegaram a enviar uma foto ou vídeo para alguém que não conheceram pessoalmente; e 3% itiram ter fingido ser alguém que não era de verdade.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro