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Desaparecidos

PF pericia material genético em lancha de suspeito de ligação com desaparecimento

Polícia faz pericia em lancha de suspeito de estar envolvido no desaparecimento dos dois, a região é conhecida por uma cadeia de crimes ambientais envolvida com tráfico

Agência Estado
postado em 09/06/2022 14:18
Dom Phillips e Bruno Araújo -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
Dom Phillips e Bruno Araújo - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

A lancha apreendida com o homem apontado como suspeito de ligação com o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips será submetida a uma perícia que busca vestígios de materiais genéricos. Os policiais usam uma técnica capaz de identificar amostras biológicas e impressões digitais na embarcação. As informações foram divulgadas pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 9.

O suspeito é o pescador Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como Pelado. Ele foi preso em flagrante por posse ilegal de munição de uso . Com Amarildo, foram encontradas munições calibre 762, usadas em fuzis. A região do desaparecimento é conhecida por uma cadeia de crimes ambientais que se conectam com o tráfico de drogas e de armas.

Nesta quarta-feira, 8, as autoridades estaduais e federais anunciaram um comitê de crise coordenado pela Polícia Federal no Amazonas. Até o momento, não há informações sobre o paradeiro de Bruno Pereira e Dom Phillips. Eles foram vistos pela última vez na manhã do último domingo, 5.

Os dois sumiram durante uma viagem de barco entre a comunidade ribeirinha de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte. Como mostrou o Estadão, Pereira foi mencionado em um bilhete apócrifo com ameaças, escrito por pescadores ilegais que atuavam na área e dirigido à entidade para a qual o indigenista trabalhava.

Pereira é um prestigiado indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai) e está licenciado para trabalhar diretamente com a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Entre 2015 e 2020, ele atuou no contato de comunidades isoladas dentro do território do Javari que entraram em choque com comunidades da etnia matis, ada há décadas. A região reúne o maior número de comunidades isoladas do mundo.

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