Agência Estado
postado em 09/06/2016 09:11
O Supremo Tribunal Federal (STF) optou na quarta-feira(8/6), pelo silêncio, o que reforçou o clima de incômodo da Corte com o vazamento da informação de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão de integrantes da cúpula do PMDB.Um dia depois de a iniciativa de Janot vir a público, o assunto não foi abordado durante a sessão do plenário, que julgou um recurso da Eletropaulo sobre a redução do campo eletromagnético de linhas de transmissão.
Interlocutores de Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, afirmaram que ele não tem pressa para deliberar sobre os pedidos de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, do senador Romero Jucá, do ex-presidente José Sarney e do presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Teori disse que não falaria. Outros ministros abordados também não se pronunciaram.
O fato de os pedidos terem sido revelados pela imprensa não pressiona Teori a tomar decisão rápida. Os requerimentos chegaram à Corte há mais de três semanas. Para integrantes do STF, o vazamento partiu do Ministério Público como forma de pressionar o tribunal a se posicionar.
Renan, Jucá e Sarney são suspeitos de obstruir a Lava-Jato após divulgação de áudios feitos pelo delator Sérgio Machado. Uma fonte com o aos pedidos diz que há fatos novos nos requerimentos. Cunha, no entendimento de Janot, continua atrapalhando as investigações contra ele na Justiça e na Câmara, mesmo estando afastado.